terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Consumidor e seu Direito a Informação

O consumidor e seu direito a informação


Autora: MARIA CAMILA URSAIA MORATO - Advogada associada ao escritório Hannud & Velloza Advogados e pós-graduanda em Direito das Relações de Consumo pela PUC/SP.

O acesso à informação adequada, clara e precisa sobre o produto colocado no mercado ou do serviço oferecido, suas características, qualidades e riscos, dentre outros, constitui direito básico e princípio fundamental do consumidor. Com isso, toda informação prestada no momento de contratação com o fornecedor, ou mesmo anterior ao início de qualquer relação, vincula o produto ou serviço a ser colocado no mercado (art. 30 e seguintes do Código de Defesa do Consumidor). Aliás, a informação constitui componente necessário e essencial ao produto e ao serviço, que não podem ser oferecidos sem ela.

O direito a informação está diretamente ligado ao princípio da transparência (art. 4º, caput, CDC), traduzindo-se na obrigação do fornecedor de dar ao consumidor a oportunidade prévia de conhecer os produtos e serviços, gerando, outrossim, no momento de contratação, a ciência plena de seu conteúdo.

Saliente-se que a ausência de informação dos fornecedores não obriga os consumidores, caso não lhes seja dada a oportunidade de tomarem conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se seus respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance.

Assim, se o consumidor não tomar conhecimento prévio, as cláusulas contratuais estipuladas não terão qualquer validade e, ainda, as cláusulas devem ser interpretadas de forma a revelar se o consumidor não contrataria caso tivesse oportunidade de ler e, antes disso, entender previamente.

Tais normas decorrem do elemento formador do contrato, que é tipicamente de adesão (art. 54, CDC), ou seja, a grande maioria dos contratos é criada unilateralmente pela vontade e decisão do fornecedor, que, obviamente, dispõe de cláusulas favoráveis aos seus interesses, caracterizando-se pela ausência total de qualquer discussão prévia sobre sua composição. Os contratos, infelizmente, são impostos ao consumidor, que devem concordar com o modelo impresso que subscreve, depois de preenchidos os espaços em branco que lhe dizem respeito.

Dessa forma, cláusulas abusivas que, por exemplo, estabeleçam obrigações consideradas iníquas ou que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, dentre outras (art. 51, CDC), são nulas de pleno direito, na medida em que, certamente, o consumidor não teve oportunidade de discutir os termos da avença.

Percebe-se, outrossim, que há abuso da boa-fé, do justo e do razoável, quando, na realidade, a harmonia e o equilíbrio das relações de consumo deveriam caminhar conjuntamente, evitando-se extremos condenáveis da iniqüidade e do livre arbítrio.

O pressuposto da clareza das informações, aliado ao princípio da boa-fé objetiva, isto é, o dever das partes de agirem conforme parâmetros de honestidade e lealdade, deve ser, acima de tudo, preservado, a fim de se estabelecer o equilíbrio e harmonia das relações de consumo coadunado com o interesse de ambas as partes, sem ocasionar-lhes qualquer lesão ou ameaça de direito.

Deve-se frisar que o Código de Defesa do Consumidor preza pela conservação dos contratos, bem como que as cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor, haja vista o mesmo ser vulnerável e hipossuficiente diante do fornecedor, justamente visando coibir práticas ilegais e abusivas, que hoje se tornaram freqüentes no dia-a-dia do consumidor.

Sendo assim, nas relações de consumo os prejudicados têm direito à revisão dos contratos, além da modificação de cláusulas que estabeleçam obrigações contrárias aos princípios preconizados pelo CDC, devendo prevalecer a boa-fé, o equilíbrio e a equivalência entre as partes, o que, inclusive, decorre de princípios constitucionais, como a isonomia e igualdade, contidos no art. 5º da Carta Magna.

Fonte: Data do artigo: setembro de 2002. Disponível em Acesso em agosto de 2003.

Autor(a): Rosângela Marinho de Souza Abrão

Fonte: Assessoria de Impressa do Procon-GO

Publicado em: 07/12/2007

Coluna: Artigos Doutrinários - Serviços

VIVO 3G SAC - COMO CANCELAR CONTRATO (E OUTRAS OPERADORAS)

Para cancelar a assinatura do Vivo 3G (serviço de banda larga móvel da Vivo) ligue na central de atendimento da operadora discando o número 1058 a partir de qualquer telefone, solicitando o cancelamento do serviço.

Se você está dentro de algum período de fidelidade, a operadora tem o direito de cobrar uma multa pelo cancelamento. Porém, a operadora não poderá cobrar multa de cancelamentos motivados por problemas e pela má-qualidade dos serviços prestados, como instabilidade e lentidão de acesso.

Ao ser atendido anote a data e horário da ligação, o número de protocolo e solicite ao atendente o cancelamento do serviço. Serão confirmados alguns dados pessoais e o cancelamento deverá ser feito sem impor obstáculos e sem transferir a ligação.

Conseguindo fazer o cancelamento desta maneira, guarde cuidadosamente os dados anotados e aguarde alguns meses, observando se continuará recebendo cobranças do serviço cancelado.

Se não conseguir cancelar pelo SAC, tome de imediato as seguintes providências:

* Responda ao questionário online do Procon informando o que aconteceu durante o atendimento.

* Reclame na Anatel (ligue para o número 133) informando o ocorrido. (A central de atendimento da Anatel funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h)

Após esses procedimentos, a Vivo deverá entrar em contato dentro de 5 dias para resolver a questão e confirmar o cancelamento do serviço Vivo 3G.

Se a Vivo não entrar em contato dentro desse prazo, ligue novamente para a Anatel e peça para reiterar sua reclamação. COPIADO DO SITE EXPLICA TUDO.COM.BR ( VÁ LÁ E LEIA MAIS...)

terça-feira, 5 de maio de 2009

REFRIGERANTE PROVOCA CANCER

Sete refrigerantes têm substância cancerígena

Em uma pesquisa com 24 refrigerantes, a Pro Teste - Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - verificou que sete têm benzeno, substância potencialmente cancerígena. O benzeno surge da reação de um conservante, o benzoato de sódio, com a vitamina C. Como não há regra para a quantidade do composto em refrigerantes, usou-se o limite para água potável: 5 microgramas por litro. Os casos mais preocupantes foram o da Sukita Zero, que tinha 20 microgramas, e o da Fanta Light, com 7,5 microgramas. Os outros cinco produtos estavam abaixo desse limite. São eles: Dolly Guaraná, Dolly Guaraná Diet, Fanta Laranja, Sprite Zero e Sukita.

Fernanda Ribeiro, técnica da Pro Teste, diz que é difícil estudar a relação direta entre o benzeno e o câncer em humanos, mas que já se sabe que a substância tem alto potencial carcinogênico e que, se consumida regularmente, pode favorecer tumores. "Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), não há limite seguro para ingestão dessa substância", diz.

A química Arline Abel Arcuri, pesquisadora da Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho) e integrante da Comissão Nacional Permanente do Benzeno, diz que o composto vem sendo relacionado especialmente a leucemias e, mais recentemente, também ao linfoma.

O fato de entrar em contato com o benzeno não significa necessariamente que a pessoa vá ter câncer - há organismos mais e menos suscetíveis. "Mas não somos um tubo de ensaio para saber se resistimos ou não, e não há limites seguros de tolerância. O ideal, então, é não consumir", diz Arcuri.

O benzeno está presente no ambiente, decorrente principalmente da fumaça do cigarro e da queima de combustível. Na indústria, é matéria-prima de produtos como detergente, borracha sintética e náilon.

Nesse caso, não contamina o consumidor por se transformar em outros compostos. A principal preocupação é proteger o trabalhador da indústria.

O efeito do benzeno é lento, mas, quanto maior o tempo de exposição e a quantidade do composto, maior a probabilidade de desenvolver o tumor.

(Folha de S. Paulo)

Nota: O melhor mesmo é beber suco de frutas que nos foram dadas pelo Criador. Muitas frutas, além de ajudar a combater doenças como o câncer, têm seus nutrientes em equilíbrio (sinergia), pois foram projetadas para suprir nossas necessidades.[MB]

Leia também: "O que acontece quando se bebe refrigerante"

sábado, 4 de abril de 2009

COMO A BÍBLIA CHEGOU ATÉ NOS.


A questão de quais livros pertencem à Bíblia é chamada questão canônica. A palavra cânon significa régua, vara de medir, regra, e, em relação à Bíblia, refere-se à coleção de livros que passaram pelo teste de autenticidade e autoridade; significa ainda que esses livros são nossa regra de vida. Como foi formada esta coleção?

Os Testes de Canonicidade
Em primeiro lugar é importante lembrarmos que certos livros já eram canônicos antes de qualquer teste lhes ser aplicado. Isto é como dizer que alguns alunos são inteligentes antes mesmo de se lhes ministrar uma prova. Os testes apenas provam aquilo que intrinsecamente já existe. Do mesmo modo, nem a Igreja nem os concílios eclesiásticos jamais concederam canonicidade ou autoridade a qualquer livro; o livro era autêntico ou não no momento em que foi escrito. A Igreja ou seus concílios reconheceram certos livros como Palavra de Deus e, com o passar do tempo, aqueles assim reconhecidos foram colecionados para formar o que hoje chamamos de Bíblia.
Que testes a Igreja aplicou?
1) Havia o teste da autoridade do escritor. Em relação ao A.T., isto significava a autoridade do legislador, ou do profeta, ou do líder em Israel. No caso do N.T., o livro deveria ter sido escrito ou influenciado por uma apóstolo para ser reconhecido. Em outras palavras, deveria ter a assinatura ou aprovação de uma apóstolo. Pedro, por exemplo, apoiou a Marcos, e Paulo a Lucas.
2) Os próprios livros deveriam dar alguma prova intrínseca de seu caráter peculiar, inspirado e autorizado por Deus. Seu conteúdo deveria de demonstrar ao leitor como algo diferente de qualquer outro livro por comunicar a revelação de Deus.
3) O veredicto das igrejas quanto à natureza canônica dos livros era importante. Na verdade, houve uma surpreendente unanimidade entre as primeiras igrejas quanto aos livros que mereciam lugar entre os inspirados. Embora seja fato que alguns livro bíblicos tenha sido recusados ou questionados por alguma minoria, nenhum livro cuja autenticidade foi questionada por uma número grande de igrejas veio a ser aceito posteriormente como parte do cânon.

A Formação do Cânon
O cânon da Escritura estava-se formando, é claro, à medida que cada livro era escrito, e completou-se quando o último livro foi terminado. Quando falamos da “formação” do cânon estamos realmente falando do reconhecimento dos livros canônicos pela Igreja. Esse processo levou algum tempo. Alguns afirmam que todos os livros do A.T. já haviam sido colecionados e reconhecidos por Esdras, no quinto século AC. Referências nos escritos de Flávio Josefo (95 DC) e em 2 Esdras 14 (100 DC) indicam a extensão do cânon do A.T. como os 39 livros que hoje aceitamos. A discussão do chamado Sínodo de Jamnia (70-100 DC) parece ter partido deste cânon. Nosso Senhor delimitou a extensão dos livros canônicos do A.T. quando acusou os escribas de serem culpados da morte de todos os profetas que Deus enviara a Israel, de Abel a Zacarias (Lc 11.51). O relato da morte de Abel está, é claro, em Gênesis; o de Zacarias se acha em 2 Crônicas 24.20,21, que é o último livro na disposição da Bíblia hebraica (em lugar de nosso Malaquias). Para nós, é como se Jesus tivesse dito: “Sua culpa está registrada em toda a Bíblia - de Gênesis a Malaquias”. Ele não incluiu qualquer dos livros apócrifos que já existiam em Seu tempo e que continham relatos das mortes de outros mártires israelitas.
O primeiro concílio eclesiástico a reconhecer todos os 27 livros do N.T. foi o concílio de Cartago, em 397 DC. Alguns livros do N.T., individualmente, já haviam sido reconhecidos como canônicos muito antes disso (2Pe 3.16; 1Tm 5.18) e a maioria deles foi aceita como canônica no século posterior ao dos apóstolos (Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João e Judas foram debatidos por algum tempo). A seleção do cânon foi um processo que continuou até que cada livro provasse o seu valor, passando pelos testes de canonicidade.
Os doze livros apócrifos do A.T. jamais foram aceitos pelos judeus ou por nosso Senhor no mesmo nível de autoridade dos livros canônicos. Eles eram respeitados, mas não foram considerados como Escritura. A Septuaginta (versão grega do A.T. produzida entre o terceiro e o segundo século AC) incluiu os apócrifos com o A.T. canônico. Jerônimo (c. 340 - 420 DC), ao traduzir a Vulgata, distinguiu entre os livros canônicos e os eclesiásticos (que eram os apócrifos), e essa distinção acabou por conceder-lhe uma condição de canonicidade secundária. O Concílio de Trento (1548) reconheceu-os como canônicos, embora os reformadores tenham rejeitado tal decreto. Em algumas versões protestantes dos séculos XVI e XVII, os apócrifos foram colocados à parte.

O Texto de Que Dispomos É Confiável?
Os manuscritos originais do A.T. e suas primeiras cópias foram escritos em pergaminhos ou papiro, desde o tempo de Moisés (c. 1450 AC) até o tempo de Malaquias (400 AC). Até a sensacional descoberta dos Rolos do Mar Morto em 1947, não possuíamos cópias do A.T. anteriores a 895 DC. A razão de isto acontecer era a veneração quase supersticiosa que os judeus tinha pelo texto e que os levava a enterrar as cópias, à medida que ficavam gastas demais para uso regular. Na verdade, os massoretas (tradicionalistas), que acrescentaram os acentos e transcreveram a vocalização entre 600 e 950 DC, padronizando em geral o texto do A.T., engendraram maneiras sutis de preservar a exatidão das cópias que faziam. Verificavam cada cópia cuidadosamente, contanto a letra média de cada página, livro e divisão. Alguém já disse que qualquer coisa numerável era numerada. Quando os Rolos do Mar Morto ou Manuscrito do Mar Morto foram descobertos, trouxeram a lume um texto hebraico datada do segundo século AC de todos os livros do A.T. à exceção de Ester. Essa descoberta foi extremamente importante, pois forneceu um instrumento muito mais antigo para verificarmos a exatidão do Texto Massorético, que se provou extremamente exato.
Outros instrumentos antigos de verificação do texto hebraico incluem a Septuaginta (tradução grega preparada em meados do terceiro século AC), os targuns aramaicos (paráfrases e citações do A.T.), citações em autores cristãos da antiguidade, a tradução latina de Jerônimo (a Vulgata, c. 400 DC), feita diretamente do texto hebraico corrente em sua época. Todas essas fontes nos oferecem dados que asseguram um texto extremamente exato do A.T.
Mais de 5.000 manuscritos do N.T. existem ainda hoje, o que o torna mais bem documentado dos escritos antigos. O contraste é surpreendente.
Além de existirem muitas cópias do N.T., muitas delas pertencem a uma data bem próxima à dos originais. Há aproximadamente setenta e cinco fragmentos de papiro datados de 135 DC até o oitavo século, possuindo partes de 25 dos 27 livros, num total de 40% do texto. As muitas centenas de cópias feitas em pergaminho incluem o grande Códice Sinaítico (quarto século), o Códice Vaticano (também quarto século) e o Códice Alexandrino (quinto século). Além disso, há cerca de 2.000 lecionários (livretos de uso litúrgico que contêm porções das Escrituras), mais de 86.000 citações do N.T. nos escritos dos Pais da Igreja, antigas traduções latinas, siríaca e egípcia, datadas do terceiro século, e a versão latina de Jerônimo. Todos esses dados, mais o trabalho feito pelos estudiosos da paleografia, arqueologia e crítica textual, nos asseguram possuirmos um texto exato e fidedigno no N. Testamento.

Abreviações:

A.T. = Antigo Testamento
N.T. - Novo Testamento

Fonte: “A Bíblia Anotada”

terça-feira, 17 de março de 2009

Evolução, Ceticismo e Religião

Darwin e os ateus fundamentalistas

Darwin
O ano dedicado à memória de Charles Darwin já começou, e podemos esperar uma avalanche de celebrações, com seus epicentros em 12 de fevereiro (aniversário de 200 anos do nascimento do naturalista) e 24 de novembro (os 150 anos da publicação de A Origem das Espécies). Gostaria de dar minha primeira contribuição às homenagens (e espero fazer outras ao longo do caminho) louvando um aspecto da vida de Darwin que se recusa a caber na caixinha ideológica onde muita gente quer enfiá-lo. A chamada hagiografia – a mania de narrar a vida dos grandes homens como se eles fossem santos – é sempre perigosa, mas eu diria que, ao menos nesse aspecto, o naturalista deixou um exemplo a ser imitado, e os que querem utilizar sua obra para propósitos muito distantes dos dele fariam bem em prestar atenção nisso. Para ser mais específico, neste parágrafo da sexta edição de A Origem das Espécies (a tradução é minha):

“Não vejo nenhuma boa razão para que as opiniões expostas neste volume choquem os sentimentos religiosos de qualquer pessoa. É satisfatório, para mostrar como essas impressões são transitórias, lembrar que a maior descoberta já feita pelo homem, ou seja, a lei da atração pela gravidade, também foi atacada por Leibniz como ‘subversiva em relação à religião natural e, conseqüentemente, em relação à religião revelada’. Um famoso escritor e teólogo escreveu-me dizendo que ele gradualmente aprendeu a ver que é uma concepção tão nobre da Divindade acreditar que Ele criou algumas poucas formas originais capazes de autodesenvolvimento em outras quanto acreditar que Ele precisou de um novo ato de criação para suplementar as lacunas causadas pela ação de Suas leis.”

Acho que você percebeu aonde quero chegar. Estou me referindo ao velho mito (tenho vontade de revirar os olhos até eles caírem das órbitas quando alguém o menciona) de “Darwin, o homem que matou Deus”. Provavelmente a única concordância ideológica entre ateus fundamentalistas, que exigem o fim da religião no mundo, e cristãos fundamentalistas, que acham que o Universo foi criado em seis dias, gira em torno desse mito: Darwin provou (ou tentou provar) que Deus não existe, que a vida e o Universo são indiscutivelmente o resultado do acaso cego, e nenhum crente honesto e minimamente racional é capaz de preservar sua fé e ao mesmo tempo aceitar a verdade científica da evolução via seleção natural.

Vamos deixar de lado as questões levantadas por esse tipo de “concordância” entre inimigos. (De minha parte, tendo a achar que qualquer tipo de “consenso” desse tipo significa, no fundo, que ele é vazio de conteúdo real; as pessoas só estão concordando a respeito do seu ódio mútuo.) Meu ponto aqui é outro: a conclusão existencial que Darwin tirava das próprias descobertas era consideravelmente diferente da “bomba anti-Deus” que os arautos do neoateísmo querem que elas sejam. Acima de tudo, Darwin era um homem muito mais humilde e compassivo do que os seus autoproclamados apóstolos. Foi alguém que perdeu a fé? Sim, mas aparentemente mais por motivos pessoais do que por supostas implicações de suas descobertas como naturalistas. Acima de tudo, era alguém aberto ao diálogo, coisa que certamente irritaria qualquer das cepas de fundamentalistas.

Todo mundo sabe que, ao longo de sua viagem no navio Beagle, na qual recolheu informações cruciais sobre a história natural de animais e plantas no mundo todo, Darwin diferia pouco de um anglicano tradicional do século XIX, citando inclusive a Bíblia como fonte infalível de autoridade moral. No entanto, a tradição familiar de Darwin era a do livre-pensamento. Muitos de seus parentes eram unitaristas (cristãos que não aceitam a Santíssima Trindade), e seu avô Erasmus chegou a duvidar abertamente da existência de Deus. Os dados logo deixaram claro para Charles que a vida tinha evoluído ao longo de um período incrivelmente comprido de tempo, o que o fez seguir a tradição questionadora da família e duvidar da autoridade absoluta da Bíblia sobre assuntos factuais.

Mesmo assim, durante dez anos após seu casamento em 1839 com Emma (única esposa do naturalista e grande amor de sua vida), Darwin continuou a frequentar a igreja todos os domingos. É importante lembrar que, nesse período, a essência do que seria publicado como A Origem das Espécies já estava formulada, inclusive por escrito, nas anotações do cientista. Foi então que a tragédia e a dúvida se misturaram para afastá-lo da fé de vez.

Duas mortes
Primeiro foi a vez de Robert Darwin, pai do naturalista, que morreu 1848. Robert sempre fora um não-crente, mas era obviamente amado de todo coração por seu filho. Para Charles, a doutrina de que todos os não-crentes iam para o Inferno parecia demais: será que apenas por isso seu amado pai seria punido por toda a eternidade? “Não consigo imaginar porque alguém iria querer que tal coisa fosse verdade. Essa é uma doutrina deplorável”, escreveu ele em sua autobiografia. (É preciso lembrar que há correntes divergentes no Novo Testamento e na tradição cristã sobre esse ponto; muitas religiões não usam mais isso como artigo de fé, inclusive o catolicismo.)

O golpe final foi a morte demorada e sofrida da pequena Annie, filha de Charles e Emma que faleceu aos dez anos de idade, depois de uma série de infecções. “Perdemos a alegria desta casa, e o consolo da nossa velhice”, escreveu ele, chamando Annie de “anjinho”. Foi só então que Darwin se tornou de vez o que seria para o resto de seus dias: um agnóstico declarado, alguém que não conseguia mais aceitar com fé a existência de Deus, mas que também proclamava a incapacidade da razão humana de lidar com questões tão profundas.

E o que ele fez depois disso? Jogou coquetéis Molotov na catedral de Canterbury? Fundou a Aliança Ateísta Unida? Pois Darwin preferiu apoiar financeiramente a paróquia anglicana onde vivia – mesmo sem ir mais à igreja. Emma, sempre religiosa, discordava profundamente do marido, mas aceitava a sua busca pela verdade, custasse o que custasse. Quando ainda eram jovens e Charles começou a ter crises de fé, ela escreveu pedindo “que ele não esquecesse o que Jesus tinha feito por ele”. No fim da velhice, no rodapé daquela carta, Darwin escreveu: “Quando eu morrer, saiba que muitas vezes beijei esta carta e chorei sobre ela”.

O naturalista se tornou muito próximo do botânico americano Asa Gray, um evangélico fervoroso que, ao mesmo tempo, foi o maior propagador das idéias de Darwin nos Estados Unidos. Darwin dividiu suas angústias religiosas e existenciais com Gray e explicou sua posição de agnóstico.

“Em relação ao lado teológico da questão: isso sempre me é doloroso. Estou confuso. Não tive a intenção de escrever de forma ateísta, mas devo dizer que não consigo ver de forma tão clara quanto outros veem, e como eu gostaria de ver, as evidências de desígnio e beneficência em torno de nós. A mim parece haver muita desgraça no mundo. Não consigo me persuadir que um Deus beneficente e onipotente teria criado as Ichneumonidade [um tipo de vespa] com a intenção expressa de elas se alimentarem com os corpos vivos de lagartas, ou por que um gato deveria brincar com os camundongos… Por outro lado, não consigo me contentar de forma nenhuma em ver este maravilhoso Universo, e especialmente a natureza do homem, e concluir que tudo é o resultado de força bruta. Estou inclinado a enxergar todas as coisas como resultado de leis projetadas, com os detalhes, sejam eles bons ou maus, deixados à mercê do que podemos chamar de acaso. Não que isso me satisfaça de alguma forma. Sinto de forma muito forte que todo esse assunto é profundo demais para o intelecto humano. É como um cão tentando especular sobre a mente de Newton.”

Ele completou o raciocínio em sua autobiografia, falando “da extrema dificuldade, ou mesmo impossibilidade, de conceber este imenso e maravilhoso Universo, incluindo o homem e sua capacidade de olhar para as profundezas do passado e do futuro, como o resultado de acaso ou necessidade cegos. Ao assim refletir, sinto-me forçado a imaginar uma Primeira Causa com uma mente inteligente, em algum grau análoga à do homem; e mereço ser chamado de teísta”. Vemos aqui uma oscilação entre o agnosticismo e alguma forma muito vaga de teísmo.

Resumo da ópera
O que importa não é tanto o conteúdo das ideias de Darwin sobre o tema. Também não creio que elas sejam só o resultado do contexto histórico em que o naturalista viveu: havia ateus tão radicais e barulhentos quanto Richard Dawkins ou Christopher Hitchens no século XIX. Dizer que Darwin não se juntou a eles simplesmente por (desculpem a palavra) cagaço é não levar em conta o alto nível de coragem e integridade que ele demonstrou durante toda a vida.

Tampouco se trata aqui de usar argumento de autoridade. O raciocínio “Darwin não era ateu, então você, darwinista, não deve ser” é patentemente absurdo. Tente enxergar a questão não pelo ângulo de um polemista, mas pelo de um pai que perdeu a filha que mais amava sem motivo aparente. A palavra-chave é “compaixão” – que, para quem não sabe, significa “sofrer junto”. Darwin tinha consciência profunda do sofrimento e das limitações humanas e sabia que sua dificuldade de achar consolo não era motivo para declarar, a priori, o consolo dos outros algo injustificável. Enquanto os ateus militantes continuarem a demonizar toda e qualquer manifestação religiosa, eles estarão deixando essa lição crucial de lado e apenas repetindo o que há de mais lamentável na própria religião.

——Visões da Vida, By Ronaldo José Lopes. (Leia o Livro)

http://colunas.g1.com.br/visoesdavida/2009/01/17/darwin-e-os-ateus-fundamentalistas/

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

DESCOBERTA A FARSA DA TEORIA DE DARWIN

Carl Sagan, um dos ateus mais conhecidos da história, disse certa vez que não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseia-se numa profunda necessidade de acreditar. Quase que ele acerta, porque na verdade ele pode entender de muitas coisas, mas de fé ele não entende nada! Não cremos porque temos necessidade de crer , mas sim porque percebemos que Deus supre nossas necessidades e que Carl não sabe o que passa dentro da mente humana, ele imagina o que passa na dele, não sabe das dos outros. Ele acha que somos burros, desprovidos de inteligência, que criamos a Deus por uma necessidade, Mas quando eu nascí já ouvia falar de Deus e meus pais também, assim meus avós e ao contrário do que ele diz e pensa, nós temos muitas evidências materiais e olha que são de ciêntista como ele preste atenção nesta evidência... "De onde vem as informações contidas no DNA? Muitas pessoas que tentaram responder a esta questão, baseados nas leis da física e da química ou referindo-se as propriedades químicas das partes que constituem o DNA...mas isso seria o mesmo que dizer que é possível explicar a informação contida no New York Times desta manhã, referindo os processos físicos e químicos que ocorrem quando a tinta se prende ao papel. Há uma explicação química de como a tinta se prende ao papel...Mas isso não implica dizer que pode-se explicar quimicamente o fato da tinta produzir letras e das letras se posicionarem de forma organizadas, a ponto de formarem texto legíveis inteiros que pudesem ser entendidos por pessoas capacitadas a ler. A informação requer um meio material transcedente ao seu próprio meio. A explicação da orígem das instruções genéticas necessárias para produzir a primeira vida é o SANTO GRAAL da biologia do século XXI. As teorias que propõem que esta informação da seleção natural, agindo em moléculas mortas ou pelo poder de auto-organização dos quimicos da sopa primordial,falharam repetidamente. Mesmo o tempo e a sorte cega, tantas vezes invocado como salvadores dos cenários biológicos implausíveis, falharam como a explicação para a orígem da informação do DNA.
Os matemáticos por exemplo, calcularam que um universo repleto de macacos, teclando cruelmente, durante a idade estimada de nosso universo, não teriam a hipótese realista de produzirem a peça de Hamlet de Shakespeare... Quanto mais a transcrição da informação genética necessária para construir a mais simples célula.
Baseados em experiencias uniformes repetitivas, que são a base de todo pensamento científico sobre o passado, há apenas uma causa para a orígem da informação genética carregada em cada componente microscópico, e essa causa é a inteligencia". Michel Behe (BIÓLOGO GENETICISTA) USA. “Diz o tolo no seu coração: não há Deus” (Sl. 53.1).


Alguém perguntou certa vez porque agente perde tanto tempo tentando convencer os incrédulos, céticos ,ateus? eu fiquei imaginando o porque... lembro que na bíblia Jesus não perdeu tempo com quem não queria saber de Deus! mais acho que a maioria fica pensando naqueles que estão encima do muro, os que as vezes diz que é ateu só para aparecer ou pra fazer graça! mas na verdade, o que lhe falta é conhecimento de Deus! mas não se pode perguntar ao açogueiro, qual o remédio pra afta e nem ao farmacêutico qual melhor carne pra churrasco, falar de fatos espirituais com um geneticista é o mesmo que ouvir de um mecânico, lições de jardinagem (talvez ele seja bom) "Teologia é para Teólogo!"
ISAIAS (Profeta Messiânico) 43:25 "Eu (O Todo Poderoso) não deixo que se cumpram a mensagem de profetas mentirosos e faço com que os adivinhos fiquem parecendo tolos. Faço com que os sábios se enganem e transformo toda sua sabedoria em tolice." (Escrito há aproximadamente 2.750 anos)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Arqueólogo diz ter encontrado o mais antigo texto hebráico

Arqueólogo diz ter encontrado o mais antigo texto hebráico

HIRBET QEIYAFA, Israel - Um arqueólogo israelense, trabalhando numa colina ao sul de Jerusalém, acredita que um fragmento de cerâmica descoberto nas ruínas de uma antiga cidade contém a mais antiga inscrição em hebraico já vista, uma descoberta que poderá abrir uma importante janela para a cultura e a língua nos tempos bíblicos.

As cinco linhas, escritas há 3 mil anos, e as ruínas da fortaleza onde o fragmento foi encontrado são sinais de que um poderoso reino existia no tempo do rei Davi, disse Yossi Garfinkel, o arqueólogo encarregado da escavação em Hirbet Qeiyafa.

Outros especialistas relutam em aceitar a interpretação de Garfinkel para os achados, reveladas nesta quinta-feira, 30. As descobertas já tomam parte em um debate acalorado sobre a fidelidade da narrativa bíblica aos fatos históricos.

Hirbet Qeiyafa localiza-se perto da cidade israelense contemporânea de Beit Shemesh, uma área que um dia marcou a fronteira entre os israelitas e seus inimigos, os filisteus. O local fica sobre o vale de Elah, descrito como o local do duelo entre Davi e Golias, fica perto das ruínas da cidade natal de Golias, a metrópole filistéia de Gath.

Um voluntário adolescente descobriu o fragmento recurvado de cerâmica, um quadrado de 15 centímetros, em julho. mais tarde, descobriu-se que a inscrição traz caracteres de proto-cananita, um precursor do alfabeto hebraico.

Análises de carbono 14 de material queimado encontrado na mesma camada de solo datam o fragmento de entre 1000 e 975 a.C., mesmo período descrito na Bíblia como o apogeu do reino de Davi.

Outros pequenos fragmentos de escrita hebraica do século 10 a.C., mas a nova inscrição, que Garfinkel sugere que pode ser parte de uma carta, antecede a inscrição significativa seguinte por cerca de 150 anos. Os textos hebraicos históricos mais famosos, os Manuscritos do Mar Morto, começaram a ser transcritos em pergaminho 850 anos mais tarde.

O fragmento agora é mantido num cofre de universidade, onde filólogos tentam traduzi-lo, um trabalho que poderá consumir meses. Mas diversas palavras já foram identificadas, incluindo algumas que, acredita-se, significam “juiz”, “escravo” e “rei”.

Os israelitas não eram o único povo a usar o alfabeto proto-cananita, e outros especialistas acreditam ser difícil - talvez impossível - concluir que o texto é hebraico e não uma língua aparentada. Garfinkel baseia sua identificação num verbo de três letras, significando “fazer”, que segundo ele era exclusivo do hebraico.

O arqueólogo Amihai Mazar, da Universidade Hebraica, diz que a inscrição é “muito importante”, por representar o mais longo trecho de proto-cananita já encontrado, mas ele diz que chamar a língua de hebraico é ir longe demais. “A diferenciação entre as línguas nesse período continua pouco clara”.

Muitos estudiosos e arqueólogos defendem a idéia de que o relato bíblico do tempo de Davi exagera a importância tanto do monarca quanto de seu reino, e é basicamente um mito.

Mas se a alegação de Garfinkel for comprovada, isso seria um sinal de que os israelitas teriam sido capazes de registrar a história enquanto ela acontecia, dando aos redatores da Bíblia uma fonte histórica para basear seus relatos, escritos séculos mais tarde. Isso também significaria que os ocupantes da fortaleza onde o texto foi descoberto eram israelitas, o que ainda não foi estabelecido.

Fonte http://noticias.gospelmais.com.br/arqueologo-diz-ter-encontrado-o-mais-antigo-texto-hebraico.html

domingo, 4 de janeiro de 2009

A CIÊNCIA CONFIRMA A BIBLIA E SUAS DESCRIÇÕES

Realmente, para espantos de alguns e alegria de outros, a cada dia que se passa novas e autênticas provas surgem comprovando cada vez mais, a veracidade da Escrituras Sagradas, embora alguns "leigos" a tenham como um livro qualquer, ou histórico, ou para outros ainda, que dizem ser um livro de contradições e místico, com narrações fantasiosas e coisas desse gênero, a ciência vem se deparando com descobertas fabulosas: As Escrituras encontradas a algum tempo na caverna de Qunram, próximo ao Mar Morto, fez o mundo estarrecer com esse achado raro e intrigante, porque com descoberta de livros inteiros das escrituras sagradas, e reconhecidamente originais e datados de épocas antigas pela própria ciência, abriu um precedente para que se pudesse não só confirmar o escrito da bíblia atuais se estavam de acordo com os originais, como também para confirmar a narrativa da biblia sobre o Deus que criou o céus e a terra. Agora à pouco, digo em relação a épocas remotas, foi descoberto também no Monte Ararate, atual Turquia, os resto do que a ciência identificou também pela ajuda das Escrituras Sagradas, como sendo a "Arca de Noé", que também examinado em laboratório, e pelos arqueólogos e historiadores, como sendo de fato a acca de Noé. Não mais espantoso foi a descoberta no Mar Vermelho de restos do que fôra de fato as bigas e os esqueletos dos soldados de faraó. Tendo toda esta descoberta documentada e também avaliada e assinada pela ciência humana, pode-se muito bem aferir uma grande consideração pela consistência biblia em seu conteúdo, penso que seria para alguns uma oportunidade de reavaliar seus conceitos errados e agora diante de fatos tão impressionantes, humildemente reconhecer a mensagem central da biblia em João 3;16 "Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu filho unigênto para que todo aquele que Nele crêr, não morra mas tenha a vida eterna!" A biblia também anuncia a "vida-eterna". Antes eles questionavam a veracidade da biblia em relação as suas afirmações, dado que agora diante de tamanha revelações o que mais se questionará?